segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Gastronomia Responsável: boa comida e preservação

Ao pedir um prato especial em um restaurante bacana, você ainda pode contribuir para a conservação de florestas, dos animais, recursos naturais ou do clima da Terra. Essa é a proposta do movimento Gastronomia Responsável, lançado pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza com a intenção de ampliar a consciência sobre a aliança entre alimentação e natureza de forma sustentável.


Lançado em Curitiba esta semana, por enquanto reúne apenas restaurantes da cidade – são 15 - sob a curadoria do premiado chef Celso Freire. Os pratos do Gastronomia Responsável fazem parte do cardápio fixo dos participantes e custam, no máximo, R$ 30. Cada prato consumido repassa R$ 1 para ações de preservação da natureza realizadas pela Fundação.

Há um outro detalhe importante: todas as receitas são feitas com ingredientes especiais e seguem, pelo menos, um dos princípios de conservação da biodiversidade, listados abaixo.

1. Usar produtos orgânicos que dispensam o uso de agrotóxicos,fertilizantes e pesticidas. Seu cultivo preserva o meio ambiente já que não desgasta o solo nem contamina os recursos hídricos. O produtor de orgânicos também ajuda nos serviços ecossistêmicos, como o controle de pragas, o aumento da polinização e o da produtividade de algumas culturas;

2. Preferir produtos regionais. Isso reduz o percurso do transporte de alimentos por caminhão, o que diminui a emissão de gases causadores do efeito estufa. Ainda evita o uso de energia para refrigeração dos alimentos. O Gastronomia Responsável também valoriza o uso de insumos originados de espécies nativas da região;

3. Não utilizar espécies ameaçadas ou vulneráveis à extinção, como o palmito-juçara ou a castanha-do-pará. O consumo dessas espécies aceleraria seu desaparecimento da natureza, o que desequilibra os ecossistemas. Elas só devem ser usadas quando tiverem comprovação de origem responsável, que garante que o produto foi criado sob controle e que não vem de extrativismo ilegal. Outro cuidado é em relação a quantidade e freqüência com que espécies aquáticas, como o camarão-rosa, o atum e a tainha, são explorados. A captura elevada de uma população, além de reduzir sua quantidade, prejudica o potencial de desova e as futuras capturas e

4. Evitar desperdícios de alimentos para não tirar mais recursos da natureza e reduzir o descarte de resíduos. Algumas receitas aproveitam cascas, talos, folhas e sementes.

Quem adere aos pratos do Gastronomia Responsável recebe um selo de fidelidade ao movimento. Dez selos dão direito a um livro de receitas sustentáveis, que seguem os princípios do movimento, assinadas por chefs participantes. Dessa forma, a união entre gastronomia e preservação poderá ser levada para dentro de casa e ainda mais disseminada entre os amigos e a família. E, se você cozinha bem, pode partilhar suas sugestões de receitas responsáveis no site do movimento.

Confira, no site, os pratos e restaurantes que participam do Gastronomia Responsável.

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