sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Consumir de forma consciente e sustentável

consumir
O consumo consciente faz bem para seu bolso e para o meio ambiente/Foto: Jorge Franganillo
Consumir não é apenas comprar. Esse ato, tão comum no nosso dia-a-dia, envolve um processo complexo de escolha do que comprar, por que fazê-lo, como e de quem consumir, qual será o uso daquele produto ou serviço e as conseqüências do descarte.
Do momento em que acordamos até a hora de dormir, nós consumimos água, eletricidade, pasta de dente, comida, sabonete, combustível, papel e outra infinidade de produtos. Mesmo sem abrir a carteira nenhuma vez durante um dia você terá consumido muita coisa.
Todo esse material causa grandes impactos no mundo. Seja a nível pessoal, econômico, social ou ambiental, o consumo tem importância fundamental no processo evolutivo da humanidade. E por estar crescendo de forma descontrolada em todo o mundo, ele já é responsável por graves conseqüências na desigualdade social e no desequilíbrio ambiental do planeta.
Por isso, aprender a utilizar o instrumento do consumo a nosso favor, produzindo e consumindo produtos e serviços de maneira diferente da atual, se torna cada dia mais necessário. Mas afinal, como consumir de forma sustentável?
Antes da Compra: três perguntas básicas 
Antes de comprar, se planeje. Para comprar com consciência e evitar conflitos, do tipo “não sei pra que comprei isso”, o consumidor deve, antes de sair às lojas, responder a três perguntas básicas:
- O que vou comprar? É difícil resistir ao bombardeio de propagandas que vemos diariamente nos dizendo o que fazer, como nos vestir, o que comer. Todos os dias as lojas têm uma novidade nos esperando, e o que era lançamento há alguns meses, hoje é peça de museu. Ao comprar faça uma análise atenta e criteriosa se aquilo é realmente necessário e se, dentro de algum tempo, ainda vai te servir. Comprar por impulso é gastar o dinheiro de forma desnecessária e produzir mais lixo para o planeta.
- Quando vou comprar? Essa pergunta tem a ver com o planejamento financeiro. Não é raro a ansiedade nos empurrar a fazer uma compra que não é necessária. Por isso, antes de decidir consumir algo, pergunte-se se você precisa mesmo daquilo agora, se não é possível esperar outro momento, quando o mercado disponibilizar um produto melhor e mais barato (o que ocorre com muita freqüência, especialmente com os eletroeletrônicos) ou aguardar as mega liquidações de final do ano.
- De quem vou comprar? De empresas sócio-ambientalmente responsáveis. Para saber exatamente quem são essas empresas e onde encontrá-las, o consumidor deve pesquisar e se informar. Muitas ferramentas já estão à disposição e podem ser consultadas na internet e em órgãos de defesa do consumidor.
Portanto, certifique-se de que aquela empresa respeita o consumidor, o meio ambiente, o trabalhador, se possui programas de responsabilidade social e se está atenta e trabalhando para reduzir seus impactos e melhorar a qualidade de vida no planeta. Lembre-se que essa pesquisa não deve se restringir apenas ao produto, mas a todos os aspectos que envolvem a sua fabricação.
Diversas organizações no Brasil e no mundo, como o Instituto Ethos, o Akatu, a Abrinq e o Greenpeace, ajudam a atestar se uma determinada empresa ou organização estão em dia com suas obrigações sociais.
Outras, como o Idec, Pro Teste, Procons, Sindec e sites como o Compra Consciente e o Reclame Aqui ajudam a desmascarar o mau fabricante e/ou mau comerciante.
Na hora da compra
Se depois responder as três perguntas acima você está certo de que precisa comprar determinado produto ou contratar um serviço, fique atento a algumas dicas:
- Pesquise preços e qualidade dos produtos. Dê sempre preferência àquele com o melhor custo-benefício e lembre que o barato pode sair caro. Produtos muito descartáveis chegarão aos aterros sanitários pouco tempo após sua compra, agravando a situação ambiental. Por isso, escolha aqueles com alta durabilidade.
- Conheça seus direitos. O Código de Defesa do Consumidor é a lei que protege o consumidor dos maus fornecedores. Saiba quais são os seus direitos e deveres e cobre do estabelecimento onde for consumir.
- Dispense embalagens e sacolas. Sempre que possível, evite sacos, papéis, caixas e envelopes utilizados para transportar suas compras. Eles acabam no lixo - poluindo solo, lençóis freáticos, mares e oceanos - entopem bueiros, exigem muita matéria-prima para sua fabricação e não tem serventia após o uso. Se for impossível dispensar as embalagens, prefira as re-utilizáveis ou leve sua eco-bag.
Depois da compra
Quando o consumidor se prepara para efetuar uma compra ou contratar um serviço, ele reduz consideravelmente a possibilidade de enfrentar problemas com a sua aquisição. Caso, mesmo assim, aconteça algum problema e você precise trocá-lo, fique atento às leis do Direito do Consumidor.
- Garantia. Primeiro verifique se o produto ou serviço ainda estão na garantia. Os produtos duráveis têm garantia legal de 90 dias e os produtos e serviços não duráveis são assegurados por 30 dias. Verifique também a garantia contratual, ou seja, aquela que o fornecedor oferece para seus produtos. O período deve estar marcado no termo de garantia entregue com o produto. É importante ter a nota fiscal.
- Procure o fornecedor. A loja ou o fabricante tem 30 dias para realizar o reparo no produto ou serviço. Caso esse prazo não seja cumprido, o consumidor pode exigir a substituição do produto por outro da mesma espécie, a restituição imediata do dinheiro ou o abatimento proporcional ao preço do produto.
Descarte
Cada brasileiro produz por dia cerca de 500 gramas de lixo e apenas 2% da coleta domiciliar é reciclado. Do total de materiais enviados aos aterros sanitários de todo o país, 50% poderia ser reutilizado na fabricação de novos produtos.
Entretanto, muitos brasileiros ainda não se deram conta de que colocar lixo para ser recolhido pelos serviços de coleta não faz com que ele simplesmente desapareça. Por isso, não basta apenas reciclar e reutilizar. A palavra-de-ordem é reduzir.
Como reduzir a produção de lixo:
• Reduzir o desperdício;
• Reutilizar o que, a princípio, parece não ter mais serventia;
• Separar os materiais recicláveis.
A reciclagem diminui a poluição do solo, água e ar, aumenta a vida útil dos aterros sanitários, gera receita com a comercialização dos recicláveis, empregos para a população carente e melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/voceecod/pense-bem-e-consuma-com-consciencia#ixzz1hOf8ziMo

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

‘Noite feliz’ e sustentável


‘Noite feliz’ e sustentável

Veja dicas para aproveitar as festas sem desperdício ou desrespeito ao Meio Ambiente

POR JOÃO RICARDO GONÇALVES
Rio - O aumento do consumo das famílias brasileiras nos últimos anos fez crescer também as pilhas de comida, bebida e presentes — nem sempre necessários — nas festas do fim de ano. A época é uma boa oportunidade para pensar em consumo consciente, que ajuda a preservar o bolso e o Meio Ambiente, e ainda a se aproximar do sentido original do Natal. Tudo sem deixar de comemorar, dar lembranças e reunir a família.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), um terço dos alimentos perecíveis do mundo vão direto para a lixeira depois de comprados. De acordo com o coordenador de conteúdo do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, Estanislau Maria, a tendência é que, na época do Natal, esse desperdício seja ainda maior.

Ele enumera os três principais exageros das festas de fim de ano: excesso de presentes, de comida e de embalagem. “Nossa dica é pensar em lembranças que serão representativas para as pessoas que vão recebê-las e não comprar várias coisas. Cada presente retira recursos do Meio Ambiente em sua fabricação e transporte. Tablets e celulares, que muita gente aproveita para trocar apenas porque é Natal, por exemplo, contêm uma série de minérios em sua fabricação”, diz.
PLANEJAMENTO
Em relação a comida, Estanislau esclarece que evitar desperdício não significa passar fome. “Reunir a família no fim do ano é muito bom e, de forma nenhuma, somos contra isso. Mas planejar o cardápio e a quantidade evita que muita coisa seja jogada fora. Assim como nos presentes, quando se desperdiça comida, desperdiçam-se os recursos ambientais usados para se produzir aquilo”, diz.
Já em relação às embalagens, caso não seja possível evitar os papéis de presente, o ideal é que seja usado apenas um deles. “Muita gente se sente constrangida de dar presentes sem embalagem para quem não tem intimidade. Mas, nesse caso, pode se usar um único papel ou reutilizar os antigos”, lembra.

FONTE: http://odia.ig.com.br/portal/cienciaesaude/vidaemeioambiente/html/2011/12/noite_feliz_e_sustentavel_213095.html, em 18/12/11

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Império do Efêmero

Acredito ser muito pertinente compartilhar aqui uma breve reflexão que fiz a partir da leitura do livro: "O Império do Efêmero - A moda e seu destino na sociedade moderna", do filósofo francês Gilles Lipovetski.

Ao ler brevemente o blog, lembrei diretamente do livro do autor. Ao estudar o fênomeno da moda, o autor identifica seu início na metade do século XIV, com a criação e desenvolvimento das cidades, e o incipiente abandono das obrigações relacionadas aos costumes estéticos, tradicionais e hereditários. A moda, para o autor, jamais poderia existir sem o “prestígio e superioridade concedido aos modelos novos e, ao mesmo tempo, sem uma certa depreciação da ordem antiga”.Em seu estágio inicial, a moda vive seu período aristocrático: a alta sociedade é o cenário em que se vê a renovação das formas como um valor mundano, onde a fantasia exibe seus artifícios e exageros, onde a inconstância nas formas e ornamentações se torna regra permanente. Em seus primeiros cinco séculos, a moda é para poucos.

Contrariamente a diversos estudiosos da moda, o autor não reduz o aspecto efêmero da moda a um fenômeno advindo da necessidade de distinção social. O argumento desses estudiosos consiste na idéia de que a burguesia passava a imitar o vestuário da nobreza e essa, para não ser confundida, o mudava. O vestuário é uma forma de distinção social, mas isso não explica suas mudanças constantes. Muitas vezes a moda muda antes de chegar a atingir as baixas camadas da sociedade. Logo, a mudança é voluntária: a valorização do Novo é uma das características fundamentais na sociedade que permitiu o surgimento da moda.

A diminuição da duração do ciclo de vida dos produtos pode ser diretamente relacionada a valorização da novidade. Lembro agora de uma frase que li de autoria do poeta e jornalista Fabrício Carpinejar: as mulheres que não conseguem se desfazer do pote de shampoo não conseguem se desfazer de seu marido. Isso: as mulheres que não conseguem se desfazer do pote de shampoo não conseguem se desfazer de seu marido. O apreço ao novo é uma característica quase intrínseca à sociedade atual, e isso pode ser visto até nas relações humanas e sociais. Com a quantidade de trocas de informações, de oferta de novos produtos, de novas possibilidades, de novas idéias, as pessoas mudam constantemente, e cada vez mais, elas quererm que os produtos e marcas que vestem, que usam, e com as quais se relacionam, falem por elas, estejam ligados com suas idéias, que, novamente, mudam constantemente.

O caráter passageiro de um produto só pode ser diminuído quando uma empresa consegue manter seu consumidor sentindo-se conectado com ela, com seus valores, com o estilo de vida que ela passa. Será que a longevidade de um produto como a Coca Cola não está na idéia de que o momento de uso do produto é um momento de felicidade?

De qualquer forma, o questionamento que fica é: ainda que todos reclamem da quantidade de anúncios, de produtos, de empresas, em uma sociedade em que um dos grandes valores é a responsabilidade social e a postura sustentável, está de fato o indíviduo consciente de que o consumo exagerado é também parte de sua liberdade de valorização de suas pecualiaridades, da afirmação do seu individualismo, de suas idéias e de seus valores, que ele costuma afirmar a partir de hábitos de consumo? E mais: está ele disposto a abrir mão desses hábitos em prol de um mundo melhor?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os Três "R" do Consumo Consciente

Os três R's (erres) do consumo consciente

Reduzir, reutilizar e reciclar. Os três R's que podem fazer uma enorme diferença para o bolso e para o meio ambiente. O problema é escapar do lugar comum da maneira "moderna" de se viver.


Coisas muito simples podem ser feitas para diminuir o impacto ao meio ambiente proveniente de nossas ações, mas simples não quer dizer que seja fácil de se fazer. O fato é que para isto é necessário conscientização e vontade.
Os especialistas, corporações e governos já tem informações de que estamos utilizando muito mais recursos que a terra pode repor. Além disto uma grande parte do que compramos são coisas inúteis, adquiridas muitas vezes por impulso ou pela propaganda/moda e que irão parar no lixo rapidamente.

Se você ouvir a opinião de economistas, uma boa parte lhe dirá que o consumo é maravilhoso pois traz a aceleração e expansão da economia, o que é bom para o país. Porém percebo que as análises econômicas não estão levando em conta por quanto tempo uma expansão desenfreada do consumo se sustentará e quais serão os malefícios no final das contas enquanto mantivermos os mesmos métodos produtivos.

É ai que entram os três R's do consumo consciente. Talvez alguns já tenham ouvido falar deles mas vamos aqui relembrar para os esquecidos e fazer conhecer aos que ainda não conhecem.

Os três R’s são: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Parece fácil, não é !? Porém não é tão fácil assim. A primeira dificuldade surge logo no primeiro R; Reduzir.

Reduzir

Reduzir significa avaliar tudo que consumimos atualmente, avaliar o que é importante e o que é absolutamente supérfluo e procurar reduzir estes últimos, além de verificar a qualidade do que se compra e se sua quantidade é suficiente ou exagerada. Um exemplo muito bom são certos chocolates finos. Se você for a uma loja verá que eles são caríssimos mas perceba a quantidade de material para a embalagem eles utilizam! Uma embalagem bonita pode fazer o chocolate valorizar 30% ou 40%, sendo que seu gosto não será alterado em nada. Toda esta embalagem acaba indo parar no lixo.

Outro exemplo muito bom são os celulares. Trocar um celular que funciona perfeitamente todo ano apenas porque um novo modelo surgiu no mercado com uma nova função X ou Y que você provavelmente nunca usará ou com um visual diferente me parece tão absurdo quanto a quantidade de lixo eletrônico que a cada ano surge, lixo este composto por baterias e materiais que liberam componentes altamente tóxicos no ambiente, além da exploração de jazidas, que no caso de muitos componentes já estão se esgotando. Estima-se que a cada ano, só em São Paulo, são 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico e a maior parte deste lixo é lançado sem nenhum tipo de critério na natureza.

A quantidade do que se compra também é importante. Não adianta lotar a geladeira de compras, ou por medo de que falte ou por causa da promoção, pois geralmente uma boa parte se estraga e vai para o lixo. Compre em quantidades que você saiba que conseguirá consumir e não faltará nem sobrará. A qualidade dos produtos também é importante pois muitas vezes comprar aquele produto em oferta mas de “origem duvidosa” resulta em desastre, ou porque ele não dura muito ou porque é tão ruim que você se vê obrigado a joga-lo fora!

Falar então em reduzir significa rever o que é importante para o nosso consumo, sua quantidade e o que é muitas vezes apenas uma maneira de nos impor na sociedade como status. Reduzir será uma das tarefas mais difíceis dos três R's.

Reutilizar

Lembra daqueles copos de requeijão que acabavam fazendo parte dos utensílios domésticos? Este é um exemplo clássico da reutilização. Reutilizar significa dar um novo uso para as coisas, evitando que estas virem lixo. Reutilizar os potes de margarida como recipientes para congelar alimentos, utilizar canecas rachadas como míni vasos, fazer sacolas utilizando garrafas PET, aproveitar os dois lados das folhas de papel são algumas idéias da reutilização de materiais. Mas quem pensa que reutilizar coisas é algo “démodé” ou brega está redondamente enganado. Vários ateliês já utilizam o conceito de reutilização para desenvolver novas peças, tanto decorativas quanto utilitárias. Se você der uma volta na Vila Madalena, por exemplo, vai encontrar vários ateliês que trabalham com este tipo de material. Uma idéia que também pode render uma graninha extra e ainda evitar mais produção de lixo.

Mas a reutilização não é exclusiva dos materiais e embalagens. A água é outro elemento que deve ser reutilizado. A água que sobra da lavagem das roupas, por exemplo, pode ser utilizada para lavar o quintal, a água da lavagem dos vegetais pode ser reaproveitada para regar o jardim ou os vasos de plantas e a coleta da água da chuva também pode ser usada para lavar o carro, quintal e regar as plantas. Apenas lembre-se de tampar bem os recipientes à fim de evitar criadouros para o mosquito da dengue.

Ainda falando sobre a água, a Sabesp, que em São Paulo distribui e trara a água, possui estações que convertem o esgoto em água chamada de reuso, ou seja, é uma água que ainda não pode ser consumida mas que tem quase que toda a sujeira retirada e serve para inúmeros usos comerciais e industriais. Apesar de mais barata que a água tratada, da água de reuso fornecida pela Sabesp apenas 5% é consumida por indústrias e comércio.

O reaproveitamento dos alimentos pode se dar pela utilização das sobras para se fazer adubo orgânico ou mesmo utilizar partes que antes eram jogaras fora, como as cascas de batata, banana, talos de legumes e etc. em receitas inusitadas e diferenciadas. Este link do “Banco de Alimentos” traz muitas idéias interessantes para o reaproveitamento de alimentos ( http://www.bancodealimentos.org.br/por/receitas/index.htm ).

Reciclar

Finalmente chegamos ao último dos R's, mas nem por isto o menos importante. Reciclar todo mundo já sabe o que é, e aliás, aqui no site existem textos que falam mais detalhadamente sobre isto. Reciclar é a solução para aquilo que não pode ser reutilizado e mesmo dependendo do tipo de material a reciclarem ainda não é a solução.

Mas reciclar envolve uma rede um pouco maios, pois para isto precisamos primeiro de postos de coleta que destinem corretamente o material, depois precisamos da conscientização das pessoas para recolherem separarem e levarem até os postos o lixo que pode ser reciclável.


Conclusão

Em resumo os três R's são um conceito muito importante, tanto para termos em mente quanto para exercitarmos. Eles não estão nesta ordem à toa. A idéia é reduzir ao máximo a produção de lixo para evitar, além da degradação do ambiente pela extração dos materiais, evitar a degradação também pelo depósito do lixo gerado. Para isto devemos atacar as duas pontas da cadeia, a produção (envolve comprar menos e melhor) e a destinação (envolve transformar o lixo em novas coisas). Reduzir, Reutilizar e Reciclar, apesar de ainda hoje serem atitudes voluntárias de algumas pessoas, já dão mostras de serem as atitudes inevitáveis a se seguir no futuro. A escassez de material para se produzir, a poluição do ar e da água, a falta de energia e outros fatores nos estão levando a um caminho que a muito já havíamos esquecido, o de que tudo um dia acaba, por maior que seja sua quantidade.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Consumo Consciente de Sacolas Plásticas Descartáveis

Portal registra recusa de mais de 1 milhão de sacolas plásticas descartáveis

Campanha promovida pelo site Planeta sustentável permite que consumidores registrem cada sacola plástica descartável recusada; em pouco mais de seis meses, iniciativa registrou mais de 1 milhão de unidades que deixaram de ser usadas.

Quantas sacolas plásticas descartáveis você recusa por dia? Uma, duas, cinco, dez? Não importa o número. Se você é a favor da redução do consumo do material, pode se juntar aos internautas que usam seu testemunho para incentivar a reflexão sobre a importância de recusar sacolas plásticas descartáveis. Para isso, sempre que você recusar uma unidade acesse o site do Planeta Sustentável ( http://planetasustentavel.abril.com.br/ )e faça esse número crescer. Lançado em agosto de 2009, o contador registrou em março último mais de 1 milhão de sacolas plásticas descartáveis que deixaram de ser usadas.

“Não somos radicais, não estamos propondo o banimento das sacolas plásticas. O que queremos é que as pessoas pensem a respeito e reduzam o uso, além de pressionar os fabricantes a desenvolverem alternativas mais sustentáveis na produção das sacolas”, explica Matthew Shirts, coordenador do Planeta Sustentável.

Dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) – que desde junho de 2009 mantém uma campanha de incentivo à redução do uso de sacolas plásticas descartáveis e que já evitou o consumo de mais de 600 milhões de unidades em todo o Brasil – indicam que cada brasileiro usa em média 66 sacolas por mês. Isso significa que, por ano, uma pessoa utiliza quase 800 sacolas. Em uma cidade como São Paulo, por exemplo, se forem alinhadas todas as sacolas utilizadas por seus 10 milhões de moradores no período de quatro dias, a quantidade será suficiente para dar uma volta completa ao redor da Terra.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dicas de Consumo Consciente

Feche a torneira ao escovar os dentes e ajude uma criança
Um em cada dez brasileiros bebe água sem qualquer tratamento. A falta de saneamento provoca doenças que matam 15 crianças no país todos os dias.Cada vez que você e mais seis amigos fecharem a torneira ao escovar os dentes, vão economizar 122 litros de água tratada. É o suficiente para atender as necessidades diárias de uma criança.

Esqueça o esguicho quando varrer a calçada e encha meia caixa d’água
Quando você for varrer o quintal, lembre-se de que a sua cota individual de água é pequena. Use a vassoura e não a mangueira. Cada vez que fizer isto, você estará economizando em média 280 litros de água, o suficiente para encher meia caixa d’água doméstica.

Cuidado com os pequenos gastos
Muito cuidado com os pequenos gastos: o dinheiro que usamos todo dia em despesas que parecem pequenas, ao final de um ano poderia pagar uma viagem de férias, ou fazer uma bela diferença na sua poupança.

Recuse embalagens desnecessárias e reduza a montanha de lixo
O Brasil recicla 17,5% do plástico rígido. O resto acaba no lixo, onde leva mais de 400 anos para se degradar. Se for depositado a céu aberto, o que acontece com 30% do lixo produzido no Brasil, o plástico dificulta a compactação e prejudica a decomposição dos materiais degradáveis. Por isso, prefira levar sua própria sacola quando for fazer compras.

Não compre produtos piratas ou contrabandeados
Compre sempre do comércio legalizado e, dessa forma, contribua para gerar empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violência.

Leve baterias usadas aos postos de coleta e lute contra doenças fatais
Os milhões de pilhas e baterias vendidos todo ano no Brasil contêm metais pesados altamente tóxicos, como cádmio, chumbo e mercúrio. Como em 63% das cidades brasileiras, o lixo é jogado a céu aberto, esses metais contaminam o solo e a água. Em contato com os seres humanos, atacam o cérebro, os rins e pulmões. Por isso, quando for descartar pilhas e baterias, procure um posto de coleta especial.

Não desperdice alimentos e contribua com a diminuição da fome e do lixo
O Brasil desperdiça 14 milhões de toneladas de alimentos por ano. Entre o campo e a mesa, as perdas chegam a 60% de toda a produção. Dentro de casa, calcula-se que uma família de classe média desperdice, por dia, 500 gramas de comida. Se 500 mil famílias planejarem suas compras e reduzirem pela metade a quantidade de alimentos que jogam fora, 45 mil toneladas de comida deixarão de ir para o lixo a cada ano, o suficiente para alimentar 250 mil pessoas pelo mesmo período. Use a criatividade e reaproveite cascas, sementes, e outras sobras de primeira qualidade

Recicle uma latinha e acenda uma lâmpada por 3 horas
A reciclagem de uma única latinha de alumínio economiza energia suficiente para manter uma lâmpada de 100W acesa durante 3,5 horas. Do mesmo jeito, cada quilo de vidro que você recicla evita a mineração de 1,3 quilos de areia, uma prática de alto impacto ambiental

Reduza o tempo do banho
Se você reduzir seu banho de 12 para 6 minutos, poderá economizar a cada dia energia bastante para manter uma lâmpada acesa por 7 horas.

Deixe o carro em casa um dia por semana e tire do ar quilos de sujeiras
O ar contaminado por veículos mata 300 pessoas por ano em São Paulo. Deixe seu carro na garagem uma vez por semana e evite lançar 600kg de CO2 na atmosfera, por ano.

Avalie o impacto de seu consumo
Leve em consideração o meio ambiente e a sociedade em suas escolhas de consumo

Planeje sua compras
Não seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Planeje antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.

Consuma apenas o necessário
Reflita sobre suas reais necessidades e procure viver com menos

Reutilize produtos e embalagens
Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar

Separe seu lixo
Recicle e contribua para economia de recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos

Use crédito conscientemente
Pense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações

Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social da empresa
Em suas escolhas de consumo, não olhe apenas o preço e a qualidade. Valorize as empresas em função de sua responsabilidade para com os funcionários, a sociedade e o meio ambiente.

Use a frente e o verso do papel e salve dezenas de árvores
Cada tonelada de papel economizada preserva cerca de 15 árvores. Se, como você, 20% dos consumidores brasileiros decidirem usar racionalmente o papel de escrever e baixarem em ¼ o seu consumo, a cada mês deixarão de ser utilizados 95 hectares de florestas, o equivalente a 116 campos de futebol.

Contribua para a melhoria de produtos e serviços
Adote uma postura ativa. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos/serviços.

Cuide do orçamento
Cuidar do orçamento não é só anotar gastos e ganhos. Antes de tudo, é pensar sobre sua vida, escolher prioridades e ser consciente na hora de gastar. A família toda deve participar.

Elimine vazamentos e abasteça São Paulo por 1 dia
Se um cano tiver, por exemplo, um buraco de apenas 2 milímetros, pouco maior do que a cabeça de um alfinete, o vazamento de água durante 1 ano será de 1,15 milhões de litros. Se eliminarmos essa perda de 5 mil residências, será poupada água suficiente para abastecer todos os 36 milhões de habitantes do Estado de São Paulo durante um dia.


Fonte:

http://www.faber-castell.com.br/36963/Institucional/Consumo-consciente/default_ebene2.aspx

sábado, 10 de dezembro de 2011

Oito vantagens de antecipar as compras de Natal

Trânsito parado e carregado; ruas e calçadas abarrotadas de gente; filas intermináveis nos caixas dos supermercados e das lojas e falta de tempo para comparar preços e qualidade dos produtos. Esse é o clima que, em geral, caracteriza o período natalino, data de maior movimento do ano no comércio. O ambiente tumultuado propicia compras feitas por impulso, gastos descontrolados, desperdícios, arrependimentos e insatisfação. São motivos mais que suficientes para se antecipar e começar já a fazer as compras de Natal e, depois, nos dias de festa, curtir a família e os amigos na maior tranquilidade.

Planejamento, entretanto, é a palavra de ordem para consumir de forma consciente neste Natal. Afinal, o aumento de consumo nesse período representa, por outro lado, maior extração de matérias primas, energia, água, geração de mais resíduos, petróleo, embalagens e emissão de gases de efeito estufa. Vale lembrar que hoje, a humanidade já consome 50% a mais do que o planeta consegue repor e absorver.
Abaixo, apresentamos oito vantagens de se antecipar nas compras do Natal:

1ª Planeje os gastos. Ainda faltam algumas semanas para o Natal. As lojas ainda não estão abarrotadas de gente. Antes de sair às compras, estipule um valor limite e não o ultrapasse.

2ª Convide com antecedência. Se você pretende convidar familiares ou amigos para a ceia ou noite da virada, a hora é agora. Assim, você obtém as confirmações a tempo de comprar produtos na medida e evitar desperdícios.

3ª Faça a lista de produtos. Se tiver verba disponível, já faça a lista de compras dos presentes e dos produtos para a ceia e festa da virada. Durante as compras, com certeza irão aparecer novos itens atraentes, resista! Seja fiel a sua lista, ou então, substitua um produto por outro que caiba no orçamento.

4ª Compare preços sempre. A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) sempre alerta para a variação dos preços dos produtos durante as datas festivas. Pesquise e compare preços, pois ainda dá tempo.

5ª Compre pela internet. Na média, os produtos comprados via internet são até 15% mais baratos, e a maioria das lojas entrega em até dez dias, segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. Sempre que puder, use essa possibilidade. Além de economizar dinheiro, combustível ou passagem, você ganha tempo.

6ª Elimine aos poucos os itens da lista. Antecipe-se: aproveite o caminho de volta para casa depois do trabalho nestes dias que ainda estão longe do Natal e, aos poucos, elimine alguns dos itens listados. Assim, você contribui para diminuir o trânsito e a superlotação das regiões comerciais nos dias que antecedem o Natal e, de sobra, você ganha um tempo precioso para ficar com a família e visitar amigos.

7ª Não tenha vergonha de pechinchar. As lojas ainda não estão lotadas e os consumidores ganham maior atenção do vendedor. Na hora de compra, principalmente se pagar a vista e em dinheiro, não deixe de pedir desconto. As lojas já trabalham com essa margem, mas só oferecem a quem pede;

8ª Escolha seu presente agora, compre depois. O varejo nem sempre dá conta de acabar com os estoques do Natal e, em geral, depois do dia 25, fazem descontos que podem achegar a metade dos preços dos produtos. Se for viável, deixe para comprar o seu nesse período.

(Fonte: www.akatu.org.br)

O que é consumo consciente?

A humanidade já consome 25% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. Esta situação já é refletida, por exemplo, no acesso irregular à água de boa qualidade em várias partes do mundo, na poluição dos grandes centros urbanos e no aquecimento global.

Não é preciso dizer que esta situação pode dificultar a vida no planeta, inclusive da própria humanidade. A melhor maneira de mudar isso é a partir das escolhas de consumo. Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em você mesmo. Ao ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, desta forma contribuindo com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.

O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade, maximizando as conseqüências positivas deste ato não só para si mesmo, mas também para as relações sociais, a economia e a natureza. O consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.

O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela escolha das empresas da qual comprar, em função de seu compromisso com o desenvolvimento sócio-ambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.

(Fonte: www.akatu.com.br)

Os­ 12 princípios do consumo consciente

O Instituto Akatu, procurando orientar consumidores, publicou uma cartilha contendo os 12 princípios do consumo consciente. Veja abaixo:

1. Planeje suas compras. Compre menos e melhor;

2. Avalie os impactos de seu consumo no meio ambiente e na sociedade;

3. Consuma só o necessário. Reflita sobre suas reais necessidades e tente viver com menos;

4. Reutilize produtos. Não compre outra vez o que você pode consertar e transformar;

5. Separe seu lixo. Reciclar ajuda a economizar recursos naturais e a gerar empregos;

6. Use crédito com responsabilidade. Pense bem se você poderá pagar as prestações;

7. Informe-se e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas;

8. Não compre produtos piratas. Assim você contribui para gerar empregos e combater o crime organizado;

9. Contribua para a melhoria dos produtos e serviços. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas;

10. Divulgue o consumo consciente. Levante essa bandeira para amigos e familiares;

11. Cobre dos políticos. Exija ações que viabilizem a prática do consumo consciente;

12. Reflita sobre seus valores. Avalie os princípios que guiam suas escolhas e hábitos de consumo.


(Fonte: Instituto Akatu)