terça-feira, 30 de março de 2010

Brasil na contramão da Sustentabilidade!

Plano Governamental prevê menos hidrelétricas e mais térmicas poluentes. É isso mesmo! Enquanto boa parte do mundo investe numa economia de baixa emissão de carbono, o Ministério de Minas e Energia divulgou, em dezembro de 2008, o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) para 2008-2017. O plano prevê um aumento na emissão de gás carbônico de 172% até 2017, o que representa que o país passará dos seus atuais 14,4 milhões para 39,3 milhões de toneladas de CO2 emitidas no ar. Tudo graças à implantação de 73 novas termelétricas movidas a combustíveis fosseis, gás, diesel, óleo combustível e carvão. E o pior é que o PDE vai de encontro ao Plano Nacional Sobre Mudança de Clima anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente, o qual tem como objetivo viabilizar o modelo de Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação (REDD) para atrair investimentos na conservação da floresta amazônica. Dentro desse cenário existe um conflito entre ONGs ambientalistas, pesquisadores da área, empresas do setor energético e políticos. Uns defendem que a construção de hidrelétricas na Amazônia, apesar de ser uma fonte de energia limpa, provocaria um impacto sócio-ambiental muito grande. Outros defendem que o uso de fontes de energia alternativa (como energia eólica, biomassa, energia solar) não seria capaz de dar conta do crescimento econômico de 4% a 5% ao ano previsto para os próximos anos. A verdade é que, no final das contas, todos nós saímos perdendo com o aumento da emissão de gás carbônico no ar.

Fonte: http://www.cebds.org.br/cebds/pub-docs/pub-bs-23-2009.pdf