domingo, 14 de novembro de 2010

Alimentos locais - saúde e responsabilidade socioambiental

alimentos
Foto: Maistora

Com a globalização e a difusão dos meios de produção tudo virou “macro”. Roupas, carros, utensílios e até alimentos são produzidos em larga escala e distribuídos para todas as regiões do planeta. E apesar de não parecer, esse tipo de distribuição esconde vários perigos.

Além de estar contaminada com diversos tipos de de agrotóxicos, essa comida é transportada por centenas de quilômetros, lançando toneladas de gases nocivos no meio ambiente. É para impedir esse tipo de ação que muitas pessoas estão consumindo cada vez mais alimentos produzidos localmente.

Esses alimentos fazem parte de uma corrente que agrega produção, processamento, distribuição e consumo em pequena escala, fortalecendo as economias locais, preservando o meio ambiente e reforçando o elo entre o campo e a mesa.

Os adeptos compram frutas, verduras, legumes, ovos, grãos, laticínios e carnes vindos de fazendas e sítios localizados em regiões não distantes do seu centro de vendas. Portanto, “local” refere-se a uma área próxima, que pode ser medida pelo tempo de transporte (menos de um dia) ou distância física (entre 160 e 240 quilômetros)

Quais as vantagens dos alimentos locais?

Essas comidas são geralmente produzidas por pequenos produtores e suas famílias. Seu cultivo é feito em pequena escala e, muitas vezes, sem o uso de pesticidas ou agrotóxicos. Eles mesmos produzem, distribuem e vendem seus produtos, o que aumenta a renda das famílias e melhora a qualidade de vida das pequenas comunidades.

Os alimentos locais também são mais frescos que os encontrados nos supermercados. Esses produtos, que normalmente são vendidos cheios de embalagens e produtos químicos que prolongam sua durabilidade, podem causar danos à saúde. Por não utilizarem esses artefatos, os produtos vendidos por comerciantes locais são mais saudáveis, saborosos e nutritivos.

Ao comprar alimentos produzidos em regiões próximas ainda é possível acompanhar as frutas, verduras e legumes próprios de cada estação do ano, já que elas são prioridade entre esses produtores. Por serem cultivadas no período adequado, elas também são mais abundantes e por isso mais baratas.

Quando planta, cultiva, colhe e vende suas verduras, o pequeno agricultor oferece, além do produto, toda a história e tradição por traz do alimento. Além disso, por não ter a obrigação de produzir em grande quantidade, ele tem a liberdade de plantar variedades diferentes dos alimentos que encontramos nos mercados.

Quem também sai ganhando com esse tipo de produção é o meio ambiente. Sua proximidade com o local de venda encurta os longos trajetos para transportar a colheita e reduz a utilização de meios de transporte como caminhões, navios e aviões. Isso diminui o uso de combustíveis e a emissão de gases poluentes como o gás carbônico, o monóxido de carbono e o dióxido de carbono.

Ao investir nesses produtos você também está inibindo a ação de mega produtores, responsáveis por grandes danos à pequenas comunidades e ao meio ambiente.

Onde encontrar esses produtos?

Por sua definição, esses alimentos não podem estar muito longe. Se você procurar em pequenos mercados, feiras livres e cooperativas será fácil achá-los.

Se sua opção é nem sair de casa para comer uma salada fresquinha, faça como muitas pessoas que já estão plantando alguns tipos de verduras, frutas e hortaliças em suas próprias casas, utilizando carteiros, jardins e quintais.

Mas além de distâncias e quilômetros, consumir alimentos locais é cuidar e respeitar aqueles que produzem sua comida. É dar valor ao alimento cultivado, colhido e vendido de forma artesanal, natural e totalmente humana. É contribuir com a preservação do meio ambiente, com a manutenção da cultura de pequenas comunidades e com a formação de um mundo melhor.


Fonte:http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/alimentos-locais-saude-responsabilidade-social-e

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